quinta-feira, 13 de março de 2014

Historinha do Bancário e do Cliente.

Estava eu alegre e fagueira na fila no Banco para pagar uma conta, coisa rara em se tratando de mim, nunca vou ao banco. Como  é de costume observava o espaço e as pessoas e ouvia atentamente todos os burburinhos da fila para o caixa. Então começou:

- Ai meu Deus, esses funcionários que não querem trabalhar e não trabalham direito!!!!!!;
- Vou chamar o gerente e ele tem que arrumar mais caixas agora!!!!!!!!!!!!!!!;
- Depois fazem greve prejudicam a população mas o atendimento continua essa porcaria!!!!!!!!; etc,etc,etc

Não me contive, sou bocuda!, comecei a conversar em voz alta com uma senhora que estava atras de mim na intensão de que todos me ouvissem: Se era sabido a quantidade enorme de funcionários de banco, doentes, afastados e fazendo uso de medicamentos tarja preta.  Gerentes de agencia que não tem nenhuma autonomia sobre a quantidade de funcionários em sua dependência e que vivem implorando mais funcionários e nada conseguem . E que o banco até mesmo tem aprovisionado valores para custear o pagamento de indenizações à população em virtude de ações referentes a extrapolação dos 15 minutos de espera para atendimento, sabendo-se que é  causa perdida na certa. ISSO É POLÍTICA QUE VEM DE CIMA, MEU AMIGO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!. Não adianta xingar o caixa, o atendente, o gerente ou principalmente o guarda terceirizado e precarizado que atende a porta giratória, será que as pessoas tem a noção do quão horroroso é vivenciar um assalto a mão armada. Querida! eu não sei quem é você, portanto, não faço a menor do que tem na sua bolsa. Fui falando, falando e falando e percebi  que muitas pessoas prestavam atenção em minhas palavras.

Então alguém me perguntou e o que fazer? eu disse quadruplicar ou até mais, a quantidade de ações contra o banco para que as indenizações pagas não sejam consideradas como esmolas já contabilizadas.
E principalmente protestar mais objetivamente os protestos de junho de 2013 ( não os protestos oportunistas) são importantes ações populares. Gritar visceralmente para que nos ouçam. Entender que greve não é um movimento exclusivamente de reposição salarial, mas sim que os funcionários também pedem melhores condições de trabalho e consequentemente atendimento aos clientes.

E finalmente saber que o berro que você dá para com o funcionário, pode muitas vezes ser o estopim para que este ser humano entre num estado de stress e depressão muitas vezes fatal. Perdendo-se uma vida.


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